América de Brigatti ganha corpo, mas falta o básico
Alvirrubro deixou escapar vitória importante contra o Retrô.

Estive nos comentários do jogo América 0x0 Retrô realizado no sábado (7) na Arena das Dunas. Estreando na beira do campo, João Brigatti mostrou-se enérgico e praticamente jogou com o time os 90 minutos mais acréscimos. Acompanhava as jogadas e orientava seu novo elenco que certamente ainda precisa de ajustes.
Verdade seja dita: quem acompanhou as últimas partidas do América ficou que faltava muita coisa. Contra o Retrô, o time teve volume nos dois tempos e pôde, por muitas vezes, abrir o placar. O que faltou foi o básico: consciência na finalização e no último passe. O América pressionava pelos lados do campo, contando com uma boa partida do Téssio e até uma boa aparição do estreante Cristiano, que foi substituído no intervalo pelo tanque Wallace Pernambucano. Este, por sinal, inigualável. Diferenciado nas extremidades e como referência, quase foi o nome do jogo, faltou empurrar para as redes.
Vi também boa movimentação de William Marcílio, apesar de substituído também na metade do segundo tempo. Chamou a responsabilidade, serviu seus companheiros, fez sua parte. A torcida meio que vaiou na sua saída, mas fiquei em dúvida do motivo da vaia. Segue.
A entrevista do camisa 10 foi consciente: "estamos passando por momento de mudanças, sai treinador, entra treinador, estamos nos adaptando. A vitória vai chegar, mas hoje tentamos de todo jeito".
Concordo. O América tentou, a bola teimou em não entrar. Infelizmente, na Série D, tentar não suficiente, tem que fazer. Foram três pontos que escaparam feito areia das mãos. Ainda faltam 10 jogos, mas acredito que com João Brigatti, a equipe tende a evolução.