Edilene Silva: ingressei na arbitragem pelo meu irmão
A árbitra Edilene conta para o blog Larissa Maciel um pouco de sua história.

Edilene Freire da Silva é um rosto conhecido do futebol norte riograndense. Nascida em Arez, mas morando há 20 anos em Natal, ela atua na arbitragem do estado. Ela conta que começou no esporte profissional e na arbitragem por um motivo familiar.
"Eu entrei na Arbitragem meio que sem muita pretensão em trabalhar na Área. Meu irmão era jogador profissional, teve muita fase ruim, então eu entendi que eu ingressando na arbitragem poderia ajudar ele de alguma forma. O único objetivo era ajudar meu irmão a crescer no mundo do futebol."
Da lembranças, claro que aparecem as boas e as ruins.
"Um dia em que tive que ser substituída aos 34 minutos do segundo tempo, quando sofri uma pequena lesão na Panturrilha."
A relação futebol e família seguiu. Se o objetivo era entrar no futebol pelo irmão, o apoio no total não foi o
Só os meus avós me apoiaram, ninguém mais acreditou.
"Meu avô era meu Fã N°1 , sempre se emocionava ao me contar que tinha me visto na TV ou ouvido meu nome no rádio."
O machismo na arquibancada, infelizmente, não é nenhuma novidade. Por tomar decisões importantes na partida ao assinalar impedimentos e faltas, por exemplo, Edilene precisa conviver com xingamentos, ameaças e também assédio. Uma coisa em específico a machuca:
"O machismo existe muito, infelizmente. Ouço palavras ofensivas, desrespeitosas, e o que mais me dói é ouvir uma mulher na arquibancada me xingando."
Edilene Freire de Silva hoje também está com o seu nome gravado na história do futebol norte riograndense. Em 2020, ela esteve no trio de arbitragem feminino de Assu 0x0 Potiguar, o primeiro da história do nosso futebol profissional.
"Foi um momento em que eu tive que por pra fora toda a minha responsabilidade e experiência, pois tínhamos uma estreante na partida. Foi um jogo tranquilo, sem contestações e claro, um resultado legitimado."