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Grazielly Souza, karateca santanense, campeã absoluta e invicta

Grazielly conta que inicialmente se viu tímida dentro do tatame, mas isso durou pouco tempo.


Grazielly Souza, Natural de Riacho de Santana-RN, iniciou no karatê em 2018. A timidez foi o primeiro adversário dentro do tatame, mas vencido com o passar do tempo. Hoje, ela representa a academia de karatê santanense e ainda leva o seu nome pelo estado do RN e pelo Brasil.


Ela foi uma das mulheres que pediu passagem pelo projeto Março Para Elas e pelo Blog Larissa Maciel. Espaço concedido com sucesso!


1- como foi o começo no esporte? Houve algum incentivo da família ou foi de vontade própria?


Eu particularmente entrei no karatê por causa de meus amigos, eles participavam e ficavam comentando na escola e eu começava a interessar... Ia observar os treinos uma vez e outra etc. Comecei no dia 3 de março de 2018. Tinha um pouco de vergonha no começo, mas depois desenrolei e me interessei realmente, fiquei incentivada.


Foi um pouco difícil no início com minha família, meio que não ligava muito, até por quê eu também estava só conhecendo. Mas quando meus pais viram que eu gostava mesmo daquele esporte, eles começaram a me apoiar muito bem, quando eu competia, nos treinos, com os senseis e até hoje é assim tenho todo apoio deles.


2- Quais as principais dificuldades que sentiu logo de cara para representar o RN e o Brasil?


Era uma coisa muito nova pra mim, deu aquele nervosismo no início, foi bem difícil as rigorosidades dos treinos pra essas competições, a ficha ia caindo aos pouquinhos. Mas creio que o que eu considero dificuldade, foi o apoio, apoio financeiro principalmente, fora isso . Mas a sensação em si, foi incrível.


3- Como sente o reconhecimento da cidade quanto ao esporte? Ainda falta apoio?


Eu gosto do reconhecimento da cidade com o karatê, logo que muita gente me apoia, tá ali torcendo nas competições, assistindo, vibrando... Tem meus ex-colegas de equipe, eles são maravilhosos, sempre me ajudam com muitas coisas relacionadas ao esporte.


O prefeito, os secretários, me apoiam com diversas coisas, e eu sou muito agradecida a eles por isso. Essa questão de "ainda falta apoio?", é uma coisa difícil de responder, pois tenho bastante apoio, mas de algumas formas falta, falta a vontade de ajudar... Por exemplo.


4- Você está prestes a participar do campeonato brasileiro em Fortaleza? O quanto significa participar de competições a esse nível já tão jovem?


Sim, haverá o campeonato Brasileiro (CBK) em Caucaia, nos dias 9 a 13 de março, e se Deus quiser estarei lá representando o RN, junto a equipe.


É gratificante, sinto que ainda é muito pouco para quanto eu posso me esforçar, quanto mais, mais ambição, eu tenho em treinar e em ser melhor e melhor ainda mais. Quanto mais eu avanço, mais limites eu desbravo, mais desafios aparecem e eu quero vencer todos eles, certamente.


5- qual a mensagem que deixa para as meninas que querem começar, mas sentem o medo e o preconceito?


Essa parte é exatamente um ponto forte, pois eu enfrentei alguns tipos de preconceito por causa disso, principalmente no início, "Ah, mulher não serve pra lutar.", "Não vai conseguir acompanhar um treino forte", "Vai desistir na primeira pancada que levar". Isso é um absurdo.


O karatê não tem NENHUMA restrição de gênero, é um esporte livre, que liberta e que aperfeiçoa o corpo e espírito... Eu mesma penso assim, o karatê é o esporte que eu amo e nada vai me impedir de praticar ele.


Por esses obstáculos é que temos que demonstrar a participação, mulheres tem força SIM, e NADA mudará isso.


A vitória é uma opção, vamos lá!!!! Oss!!


E a karateca Grazielly Souza ainda conquistou mais no último fim de semana. No campeonato brasileiro de Karatê, a atleta ficou em 3º lugar na categoria kumite divisão novos e também em 3º na categoria kata divisão novos.

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