Laguna, novo time do RN, projeta chegar a Série A em 10 anos

Equipe acredita na projeção e no processo. Entenda.

A segunda divisão do campeonato potiguar este ano terá uma novidade: a chegada do clube Laguna, o mais novo no futebol do Rio Grande do Norte. Com a premissa do veganismo, a equipe não quer ensinar nada a ninguém, quer apenas apresentar o seu modelo de gestão no futebol. O clube é formado por dois sócios veganos e um vegetariano. Daí a ideia.

"Nós não criamos o laguna para ser o time vegano ou nos posicionarmos dessa maneira. Nós criamos para fazer o futebol da forma que a gente acredita, entendendo o esporte como um agente poderoso de transformação socioambiental. Especialmente para que as pessoas possam ir ao jogo e se divertir", comentou Gustavo Nabinger ao blog Larissa Maciel.

Gustavo Nabinger é um dos sócios do clube e explica o porquê de acreditar no projeto a longo prazo.

"Uma visão de longo prazo, que aquilo que a gente quer construir pode acontecer rápido, mas pode levar mais tempo. Que as adversidades ou as derrotas possam nos fazer achar que está tudo errado. Entender a formação, o processo de formação de uma forma vertical para conseguir desempenhar o estilo de jogo que nos queremos para poder captar jogadores."

Para a "segundona", Naginber afirma que a equipe está 95% montada.

"Temos atletas do Brasil todo. Em geral são atletas que já conheci, optamos por trazer atletas que se adaptariam mais rapidamente e que atendem aos critérios. Nós temos ainda atletas do estado, incluindo um atleta do Super Matutão do município vizinho da cidade de Arez, ano que vem iniciaremos as categorias de base e vamos priorizar os atletas não só do estado, mas locais".

Uma das projeções do Laguna é chegar à Série A em 10 anos. Presunção? Não na visão do gestor. É a crença no projeto. Isso não quer dizer que ele está cravando o tempo e como o processo vai se dar.

"Pra a gente chegar na Série A em 10 anos é processo. Acreditar naquilo que estamos fazendo, quando tiver algo que sair como não se espera, corrigir isso, mas sem mudar a rota. Sem reiniciar o trabalho do zero. A gente não tem nenhuma pretensão de ensinar nada a ninguém. Seria uma presunção nossa. A nossa expectativa é fazer aquilo que a gente acredita, não é o único caminho. Se tivesse algum conselho que eu pudesse dar, é processo. Visão de longo prazo."