Márcio Mossoró: uma liderança e uma luz no fim do túnel
A chegada do meia também pode trazer esperanças para uma nova visão quanto ao futebol mossoroense.

Quando o Potiguar anunciou a contratação do meia Márcio Mossoró certamente sabia que era um feito histórico. Afinal, é o retorno de um dos principais nomes fabricados no estado para o futebol nacional e também internacional voltando às suas origens, como sempre quis fazer em momento oportuno.
A contratação já começou história a partir do momento que o meia também reverteu salários à doação de alimentos. Em sequência, a roupagem que o camisa 8, mas que joga como 10 proporcionou no meio campo é de uma bagagem de quem já viveu na pele várias páginas do futebol, boas ou ruins.
Quando a bomba relógio chamada salários estourou no elenco, a atitude de Márcio de procurar a equipe de reportagem da TCM HD para falar pelo grupo chamou atenção. Gesto de líder que, embora não tenha sido afetado pelo aperto financeiro, reconhece nos companheiros de elenco o direito de receber o salário em dia como qualquer outro profissional. Também se mostrou como uma ponte para o diálogo com a direção alvirrubra.
Os resquícios da bomba relógio chamada salários seguiu neste último fim de semana, quando cinco atletas deixaram o clube: o goleiro Alan Faria, o volante Magé, o meia Ramon, o zagueiro Rafael Lima e também o atacante Carlos Alberto, informações trazidas com exclusividade pelo blog Larissa Maciel através do instagram oficial do blog (@bloglarissamaciell).
Com todas as letras, o presidente Djalma Júnior disse ao blog que Márcio ajudaria emprestando dinheiro para pagar a folha e que o mesmo não chegou como um investidor, mas está tentando ajudar da melhor forma possível. É um cenário duro, duríssimo para o futebol mossoroense. É doloroso ver a situação que nos encontramos.
Mas, ao mesmo tempo, abre portas à Márcio futuramente em cargos de gestão. O próprio já disse que, quando pendurar as chuteiras, não deixará o futebol, buscará novos cargos. Márcio conhece o futebol na pele e hoje é um gestor, empresário. Seria uma excelente voz para convocar o empresariado mossoroense a contribuir além do poder público. É uma voz também contra uma Federação que nada faz além de oferecer migalhas aos clubes do interior.
Nosso futebol segue na UTI, respirando com ajuda de aparelhos e não só serão bons enfermeiros fazendo massagem cardíaca que conseguirão salvar. Precisamos literalmente de máquinas e essas movimentadas por vontade e claro, dinheiro.