- Larissa Maciel
O pior do futebol brasileiro em 2019 foram seus técnicos
Treinadores tiveram seus estilos de jogo questionados pelo torcedor após momento do Flamengo.

2019 foi um ano muito difícil para os técnicos brasileiros. Na mesma dança das cadeiras que persiste desde os campeonatos regionais ao Brasileirão, sustentar filosofias de jogo em meio à efervescência do Flamengo foi uma missão quase que impossível para nomes cascudos e que ainda estão percorrendo os primeiros passos da carreira.
Abel Braga, nome badalado e que costumava ter costas largas por onde passava, já não dá mais indícios de que convencerá qualquer torcedor a comprar seu estilo de jogo. Foi assim quando estava no Flamengo e quando saiu para a chegada do portuga Jorge Jesus, olha no que deu. A pontinha da insatisfação com tempero de inveja e até xenofobia começou ali. A reflexão quanto ao trabalho também, mas devia ter começado bem antes.
Pra completar seu ano, o treinador ainda resolveu tentar salvar o Cruzeiro do descenso. Assumindo que não tinha mais artifícios para conseguir os resultados, pulou fora antes que no currículo entrasse a queda de um gigante a Série B.
E o Mano, hein... parte do retrato terrível dos treinadores no campeonato. Foi com ele que o Cruzeiro começou a campanha horrorosa que hoje faz no Brasileirão. Sem nenhum lampejo de bom futebol, assumiu o mesmo que Abel: não tenho mais nada a oferecer ao time celeste. No Palmeiras, pressionado desde o seu sim, sabia que tinha tudo pra dar errado. Mano não conquista mais o carisma do torcedor e não seria com o palmeirense que ele iria conseguir. Viu o Fla ficar anos luz, viu seu nome ficar no banco de reservas do mercado.
O curioso é justamente notar que além de Abel e Mano, Fábio Carille, Alberto Valentim, Odair Hellmann, Cuca, Luxemburgo, Felipão, Tite, Renato Gaúcho, entre outros foram colocados na cruz para julgamento após o desempenho do mengão de Jesus. Poucos se salvaram do apedrejamento... casos do Tiago Nunes, Rogério Ceni.
A temporada de reflexões quanto aos estilos de jogos apresentados no Brasil é salutar. Não que cada técnico não possa ter seu estilo de jogo. É natural. Vamos ignorar, por exemplo, que Tite, Mano e Felipão seguem a escola gaúcha? Mas que tanto Jesus como Sampaoli incomodaram este ano é um fato. E incomodaram porque trouxeram a luz o comodismo do nosso futebol por resultados prontos e chochos. O torcedor quer mais.
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