Opinião: baila na cara dos críticos, Brasil!
Seleção canarinha enfrenta críticas absurdas pós goleada.

Dá pra acreditar? Após a goleada exemplar do Brasil diante da Coréia, ainda sobrou espaço para críticas que eu considero particularmente absurdas.
A primeira delas: as dancinhas pós gols. O ex-atacante e ídolo do Manchester United Roy Keane se atreveu a definir como um desrespeito. Ele se esquece, no entanto, que não é a primeira vez (e também não será a última) que a seleção canarinha e também outras seleções já "bailaram" na Copa.
Vamos ao dicionário, companheiro? O ato de dançar é classificado como movimentação. Dar liberdade ao corpo através de movimentos. Essa liberdade, por sinal, se assemelha a liberdade de poder celebrar um momento importante como foi o gol de Vinícius Júnior, bailando contra o preconceito, como o gol de um Neymar bailando contra a lesão, como o gol de Paquetá, bailando para desafogar a vontade de marcar com a amarelinha. Onde temos desrespeito nisso? Dá um tempo!
Também acredito no poder social da coisa. Jogadores que viveram realidades duras na vida, desde o preconceito com a vivência na periferia ao preconceito racial bailando na cara de todas essas adversidades. Digo mais, a simples dança do pombo, que faz até o técnico Tite dançar, também faz dançar o menino na favela, a menina que gosta de jogar bola, a família que se une pelo mundo do futebol. Assim, bailemos mais nessa vida!
Por sinal, deixo aqui um link de uma matéria super bacana feita pelo globo esporte falando de seleções históricas e dancinhas: https://ge.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2022/12/06/samba-de-ronaldinho-gaucho-lambada-de-milla-relembre-dancinhas-marcantes-das-copas.ghtml
E como se não bastasse essa crítica ridícula...
Ainda surgiu uma crítica quanto a troca de goleiro durante o jogo. Alisson deu lugar ao Weverton na partida onde ele pôde estrear pela Copa do Mundo.
A foto abaixo por si só fala da importância de pequenos atos como este do técnico Tite: administração de elenco. Tite tem seus 26 convocados na mão pela sua maneira de gerir. Não só soube gerir até na derrota para Camarões, movimentando todo o seu plantel, como enxergou nesse jogo uma oportunidade de ver brilhar o sorriso e o talento de seu goleiro. De quebra, se tornou o único técnico da seleção brasileira à utilizar todos os jogadores convocados em uma Copa do Mundo.
A união da seleção brasileira é um dos pontos chaves em um processo tão esmagador como o mata mata de uma Copa do Mundo e, da mesma maneira que as dancinhas, o ato não é nenhum desrespeito ao adversário, mas um respeito com cada nome que está ali vivendo o sonho de representar a maior seleção do mundo.
Baila na cara deles, Brasil!
